Histórias do Lula

A vida nos ensina a criar, adaptar, em algumas situações, no desempenho de nossas atividades. Tenho observado, no decorrer da trajetória profissional, quantas atitudes bem vindas tivemos, aumentando a capacidade de criação. Quero citar aqui, alguns exemplos .

Cablecam, Paucam, Tapete mágico, Cabo aéreo, Padiola, Colméia, Braço mágico, etc.

Operando o steadicam a 28 anos, despertou a criatividade, para realizar algumas operações.

Em 1982, com Edgar Moura, no filme de Daniel Filho, “O Cangaceiro Trapalhão”, usamos uma espécie de colméia, feita de extensores de moto, adaptado num camera car, para fazer um a perseguição de carroças, com uma Arri BL III, presa na colméia, bem estável.

Em 1990, na novela “Pantanal” de Jaime Monjardim, usamos o tapete mágico, para um traveling out, operador e câmera em cima de um tapete, que puxado por duas pessoas, desliza no chão com suavidade, sem ruídos. Também usamos a padiola, montada para caber na Toyota, com 4 pés, que levava todo nosso equipamento para as locações, serviu de traveling alto.

Em pé, com a câmera na mão, em cima da padiola, com um apoio de um tripé catracado.

Na novela também usamos, para flutuar nas águas do rio Negro, uma placa grossa de isopor, para apoiar a câmera, para as cenas de dentro d’ água. Quando houve a necessidade, de obter imagens subaquáticas, usamos um aquário do mesmo tamanho da câmera, e afundando-a um pouco, usando bóias de proteção.

Em 1996, na TVE, na “Turma do Pererê”, de Sonia Garcia, em Foz do Iguaçú, usamos um cabo aéreo, da Brigada de incêndio, para fazer um traveling de 50 metros, em declive, utilizando um boldrier com carretilha sobre o cabo.

Produzimos um cipó, para índio curumim voar pela floresta.

Em 1999, na “História sem fim do rio Paraguai”, de Valéria del Cueto, usamos o Cablecam, para registrar um grupo folclórico, sob a sombra de uma árvore frondosa, amarramos uma corda, num galho da árvore, e colocamos a câmera pendurada. Fazendo movimentos pendulares, aproximamos dos músicos e afastando. Com a câmera Atoon 16mm, com uma angular 8mm, testada antes, para ver o enquadramento, para depois fechar o ocular, câmera cega.

Em 2002, na Amazônia, num evento esportivo,  tipo triatlon da floresta, usamos o Paucam, um cabo de machado, com uma base de apoio articulado para a câmera, uma Arri SR16mm, que ficou presa com extensores. Para tomadas tão baixas, pegando os pés dos atletas nas corridas de chão. É muito pesado e cansa correr com esta adaptação, mas o efeito é ótimo.

Em 2006, com Washingto Novaes, de novo no Xingú, com a série “Xingú, A terra ameaçada”, usamos o braço mágico, para pendurar uma Sony Z1,  em low mode, como o paucam, só que articulado, para as danças dos índios, na festa do Kuarup.

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1 comentário

  1. Oi Lula,
    Obrigado pela notícia, mas eu gostaria de ver o vídeo. Eu nunca o vi, apenas soube por alguns amigos, e alguns familiares o viram.
    Voce pode fazer um download do vídeo, pelo menos da parte que me toca?
    Se não for possível eu entenderei. Mas muitos amigos o viram e me falaram.

    Um grande abraço

    Joaquim

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